Apresentações
Depoimentos
Sempre gostei de ler, ainda tenho o primeiro livro que ganhei: “Mary Poppins”. Ele está guardado numa caixinha, como relíquia. Lembro-me das figuras e das “viagens” que fazia quando o lia. Como disse Contardo Calligaris, “A literatura é o catálogo das vidas possíveis e impossíveis.”
Com o passar do tempo, encontrei algumas barreiras em minha leitura. Textos longos eram uma tortura. Ainda são. Não sabia o porquê. Comecei a selecionar o que queria ler. Encontrei na poesia um refúgio, um lugar e como Clair Feliz Regina, me apaixonei. Rubem Alves, descreve bem essa “magia”, esse alimentar-se do outro, da palavra do outro. A poesia dava nomes aos meus sentimentos e a forma, versos, separados por estrofes, eram fáceis de ler. Não lia poemas longos que não eram separados por estrofes. Não sabia o porquê.
Minha mãe me levou a médicos, oftalmologistas. Ela sabia que havia algo errado, mas eles não viram. Minha vista direita era “preguiçosa”, não desenvolveu. Não vejo quase nada com ela, não existe grau que me faça enxergar perfeitamente. Mas não é só isso, nenhum médico conseguiria ver como vejo. As palavras se mexem, se distanciam uma da outra e quando forço a leitura, forma-se um rodamoinho e as palavras se embaralham. Tenho a Síndrome de Irlen.
É notória minha dificuldade com a leitura, mas nunca me permiti ficar sem ler. Apesar de todas as barreiras, li romances imensos, no meu ritmo, uma página de cada vez. Um dia após o outro, me mantive embriagada da leitura. Tive, nos grandes mestres que li, a oportunidade de conhecer “a natureza, a sociedade e o semelhante” e de tornar-me, talvez, um pouco mais humana.
Josiane Massi
Sempre tive aulas de leitura nos anos iniciais, E.F mas observava que não me concentrava muito. Mas sempre busquei trazer vínculos de experiências comigo. Portanto ao ler Antônio Cândido, Moacir Scliar e Rubem Alves fiquei muito feliz em observar que um faz uso das necessidades básicas do ser humano, outro aborda o momento reflexivo e outro ainda trata de suas transformações.E para fechar temos o exemplo do Gabriel O Pensador, que fora taxado por não desenvolver o tema livre mas que conseguiu superar suas dificuldades.
Lea Correia
Eu gostei muito do depoimento da Marilena Chauí, Newton Mesquita e Contardo Calligaris, pois expressam o que eu sinto a respeito da leitura, que realmente significa você transcrever o seu espaço, sua imaginação, os seus mais íntimos desejos e principalmente o auto conhecimento, pois a cada leitura você pode descobrir algo que você nem imaginou que sentisse e você vai formando seu carácter, suas crenças e sua personalidade, a partir de sensações e experiências de personagens vividas e criadas por outras pessoas, isso é incrível!
A minha experiência de leitura na infância foi muito marcante, a leitura na minha casa sempre foi vista de uma forma muito natural, venho de uma família de professores e então em casa, os passeios volta em meia girava em torno de feira de livros, livraria, bibliotecas e me lembro bem que nas compras do mês, meus pais faziam na cooperativa do Rhodia e sempre eu e minha irmã escolhíamos um livro era muito legal, então sempre foi muito incentivado isso na minha casa.
Um livro muito especial para mim foi um presente de aniversário e neste dia na verdade ganhei um brinquedo e dois livros: o Touro Ferdinando e O menino que não gostava da árvore foram dois livros que marcaram de mais a minha infância eu lia e recontava esta história muitas vezes recriava outros finais e ainda continuava a história e isso foi muito especial.
Eu tenho esses livros até hoje e um dia eu trouxa para sala de aula e li para os meus alunos de sexto ano e eles gostaram muito e depois uma das propostas que eu lancei para eles foi realmente que eles recriassem finais diferente para a história e saiu cada um tão diferentes dos outros que eu me surpreendi porque muitos continuaram a história de forma que eu nunca imaginei, apresentei algumas versões que eu já havia criado, os alunos gostaram, nós discutimos sobre isso e foi uma aula gostosa, todos queriam ler suas criações e foi muito positivo.
Percebi que os alunos gostam de ler quando são direcionados e quando a leitura é do seu interesse, por isso a escolha do livro é tão importante, a devolutiva dessa atividade é muito produtiva por que eles interagem com a atividades, eles querem demonstrar que entenderam, ou seja eles não percebem que isso é conteúdo e isso é bacana, é o caso da leitura descompromissada.
A experiência do professor com leitura e quando isso é compartilhado com o aluno há um envolvimento maior com a leitura e a devolutiva é muito mais produtiva, eles ainda gostam do que o professor gosta, há uma grande influência neste sentido, o professor pode trabalhar como o espelho para o aluno.
Janaina de Jesus Almeida
Oi colegas . Sempre tive muita imaginação e deste modo desde criança sempre adorei ler histórias em quadrinhos, nacionais e importadas, e livros infanto - juvenis da Coleção Vagalume. Quando adulto, li livros de mestres de nossa literatura, como: Machado de Assis, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida, Lima Barreto, etc. Também gostava muito de literatura estrangeira. Li mais de cinquenta livros da Agatha Christie, muitos livros de Sidney Sheldon, além de Eça de Queirós e Camilo de Castelo branco, entre outros.Também gosto de produzir textos, como crônicas, artigos de opinião, fábulas, entre outros. Um abraço a todos .
Hélio de Medeiro
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